quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Saudações a 2010

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Comece o ano bem, mude a sua alimentação. Faça isso pela sua saúde, pelos animais, ou pelo planeta...




Guia de alimentação vegetariana

Como se tornar vegetariano sem afastar os amigos e a familia? É possível crier os filhos com uma dicta vegetariana- segura? Essas e outras perguntas sáo respondidas no guia "A Dieta Saudável dos Vegetais", das nutricionistas norte-americanas Vesanto Melina, Brenda Davis e Victoria Harrison. O livro traz informações sobre prevenção de doenças por meio da nutrição vegetariana, uma lista de alimentos, dicas para planejamento de refeições, receitas fáceis e sugestões para se ajustar ao novo estilo de vida, sem carnes à mesa. De acordo com as nutricionistas, as dietas baseadas em vegetais ganharam impulso nos últimos 10 anos, depois que uma série de pesquisas começou a associar o vegetarianismo a uma incidência menor de problemas de saúde. As chamadas "doenças da civilização"-males coronarianos, tipos de câncer, hipertensão arterial e obesidade - seriam mais comuns entre quem prefere o tradicional bife com fritas.




A Dieta Saudável dos Vegetais
de Vesanto Melina e Brenda Davis

Prefácio do livro A Dieta Saudável dos Vegetais - O Guia Completo para uma Nova Alimentação, de Vesanto Melina, Brenda Davis e Victoria Harrison.



Se você não está preocupado com a sua saúde, com a sua espiritualidade, com o lugar em que vive e com a fome no mundo, não perca tempo lendo este livro. Mas se está preocupado, ao ler este livro constatará que uma dieta vegetariana é mais benéfica à saúde, condiz com o caminho espiritual, favorece a preservação do planeta e oferece soluções ao grave problema da fome que aflige a humanidade.

Sob o prisma da saúde, uma dieta vegetariana é amplamente favorável. As principais doenças da civilização ocidental, entre elas as cardíacas e degenerativas, o câncer, a obesidade e o diabetes, estão diretamente ligadas à ingestão excessiva de gordura. Não se iluda! Toda carne contém gordura, mesmo as chamadas carnes magras. Contém também impressionante quantidade de aditivos químicos na forma de hormônios, conservantes, nitratos e nitritos etc., todos nocivos à saúde. Isso sem falar que seu consumo está associado a outros males terríveis, como a doença da vaca louca, cuja gravidade a mídia revelou ao mundo.

Segundo o British Medical Journal, os "vegetarianos são 40 por cento menos suscetíveis a morrer de câncer do que os carnívoros"1.




Mas você pode estar se perguntando: como recomendar uma dieta vegetariana em um país onde tantos passam fome e onde um quilo de frango sai mais barato que um quilo de muitos legumes ou grãos? Ora, em um país de dimensões continentais como o Brasil, chamado de celeiro do mundo, pode-se reduzir muito o preço dos alimentos plantando-se mais e adotando-se uma dieta mais rica em verduras e frutas. Transformar animais em alimento é antieconômico; na verdade, representa enorme desperdício. No mesmo espaço ocupado por um boi para produzir cerca de 210 quilos de carne, no período de 4 a 5 anos, colhe-se, no Brasil, em média, 19 toneladas de arroz; ou 8 toneladas de feijão; ou 34 toneladas de milho; ou 32 toneladas de soja; ou 23 toneladas de trigo2. Para produzir um quilo de carne bovina são necessários aproximadamente 7 quilos de grãos3. Os dados falam por si. A fome no Brasil não é um problema econômico, mas político.

Como acreditar em desenvolvimento espiritual e não refletir sobre o sacrifício imposto aos animais? O caminho espiritual passa por nossas escolhas alimentares. O sofrimento inerente ao abate não é o único aspecto a considerar. Imagens idílicas de fazendas onde os animais vivem felizes e contentes, junto à sua prole, povoam nosso imaginário, mas a agrobusiness está tornando isso coisa do passado. Hoje a tendência é criá-los em fazendas-empresas, onde vivem confinados e submetidos a tratamento cruel. O frango, por exemplo, é criado em lotes de milhares, ficando limitado a um espaço reduzido, mal podendo mexer-se. Recebe doses maciças de vacinas contra peste e hormônios para crescer. Tudo é controlado visando obter mais peso em menos tempo e com menor quantidade de ração. Para isso, a luz é ajustada: na primeira ou segunda semanas, fica acesa 24 horas por dia, então é ligada e desligada a cada duas horas, enganando o animal e fazendo-o comer mais, após um curto período de descanso. Por viver em condições tão pouco naturais, ficam extremamente estressados. Um dos maiores problemas é que começam a brigar, literalmente comendo-se vivos. Muitos morrem ou ficam aleijados nesse processo4.




A construção do corpo físico resulta do alimento e da bebida que ingerimos e, naturalmente, a qualidade de seus elementos constituintes depende, em grande medida, da qualidade deste alimento. O conhecimento da natureza das diferentes espécies de alimentos e a experiência possibilitaram aos ocultistas indianos classificá-los em diferentes categorias, de acordo com a influência que tenham na capacidade vibratória do corpo. A classificação mais familiar é a divisão em três grupos: tamásico, rajásico e sátvico. Alimentos tamásicos são aqueles que estimulam a inércia, rajásicos os que produzem atividade e sátvicos os que produzem harmonia e ritmo. É no último grupo que o aspirante ao caminho espiritual tem que basear, tanto quanto possível, a sua alimentação5. A carne está classificada no primeiro grupo.

Além de prejudicar a saúde, contribuir para a fome e atrasar nosso progresso espiritual, o consumo de carne colabora para a destruição do planeta. Sua produção está ligada à destruição das florestas, extinção das espécies, desertificação, perda da camada fértil do solo, enorme consumo de água e uso intensivo de combustíveis fósseis. De fato, o óleo é usado na indústria da carne como combustível para transporte e tratores, nos fertilizantes químicos e nos pesticidas, de uma maneira tão intensa que, segundo o Worldwach Institute, "os produtos animais podem ser considerados subprodutos do petróleo"6.

Na Holanda, o esterco produzido por milhões de animais libera nitrato e fosfato saturando o solo e contaminando a água. Segundo o Instituto Nacional de Saúde Pública e Proteção Ambiental do país, a amônia liberada no processo da criação de animais é sozinha a maior fonte de deposição ácida nos solos holandeses, provocando mais prejuízos ambientais do que os automóveis e as fábricas juntos7.

continua...

fonte
http://www.vegetarianismo.com.br/sitio/index.php?option=com_content&task=view&id=707&Itemid=99